May 31, 2023

Festivais de Verão

 


ACESSIBILIDADES

Os Festivais de Verão são eventos que motivam muitos cidadãos com Mobilidade Reduzida a quererem participar e nesse sentido é importante que as Organizações dos diversos festivais criem espaços inclusivos com equipamentos adequados a todos os ‘festivaleiros’, independentemente da sua capacidade motora ou de outra natureza. Contudo ainda hoje, de uma forma geral, as pessoas com mobilidade reduzida e/ou com dificuldades sensoriais não vivem uma experiência equivalente à do público em geral nos festivais.

As condições que requerem atenção para minorar as dificuldades de acesso aos cidadãos com deficiência temporária ou permanente, enquadram-se, essencialmente, em 4 áreas:

  1. o ACESSO
  2. o PISO
  3. os EQUIPAMENTOS
  4. a AJUDA DE TERCEIROS

 


O ACESSO

O acesso ao recinto do festival não pode ter barreiras:

  • devem existir lugares de parqueamento próximo para deficientes, vigiados para impedir abusos;
  • deve existir um lugar específico para recepcionar aqueles que não se deslocam em viatura própria;
  • deve coexistir uma entrada específica para quem tem Mobilidade Reduzida (para impedir atropelos).

 

O PISO

O piso dos locais que possam vir a receber pessoas com Mobilidade Reduzida:

  • não devem ser em pedra nem em terra-batida – devem ser lisos, de preferência em cimento ou madeira regular;
  • não devem ser inclinados;
  • os percursos pedonais devem ter a largura mínima de um metro;
  • o percurso pedonal, em caso de inclinação, não deve ultrapassar os 6%.

 

OS EQUIPAMENTOS

Os equipamentos do festival, desde os lúdicos à restauração, passando pelos que são obrigatórios, desde que não sejam impossíveis de ser acedidos por deficientes, devem ter condições de acessibilidade:

  • a zona da restauração deve ser acessível;
  • a zona de ‘fun’ deve ser acessível;
  • os conteúdos dos materiais de divulgação devem ser acessíveis a pessoas com deficiência visual (por exemplo);
  • devem existir ajudas técnicas para pessoas com dificuldades auditivas (por exemplo);
  • os balcões de atendimento, nomeadamente os de informações, devem ter uma zona/altura acessível;
  • devem existir WC’s adaptados, limpos e vigiados – sanitários sem abertura frontal, no máximo com uma altura de 40cm;
  • deve existir uma área que permita o carregamento das baterias das cadeiras eléctricas;
  • deve existir um Posto Médico;
  • deve existir um palco elevado com visibilidade para o festival;
  • devem existir rampas e ou mecanismos elevatórios em caso de necessidade;
  • ainda que facultativo deve existir um veículo que possa transportar as pessoas com mobilidade mais agravada desde a entrada até à área especifica para deficientes.

 

A AJUDA DE TERCEIROS

Ainda que todo o festival tenha as condições mínimas de acessibilidade, é sempre uma mais-valia a organização prever a possibilidade de ter pessoas da organização empenhadas em ajudar quem mais precisa, nomeadamente, os deficientes:

  • voluntários
  • vigilantes
  • ajudas técnicas
  • um contacto telefónico dedicado para pedir a ajuda de terceiros




A organização deve ser sensível e competente para responder na hora a qualquer carência de um cidadão com deficiência, para que o festival seja uma experiência prazerosa e gratificante para todos. Os festivais de música têm feito “os mínimos olímpicos”, mas tem-se observado uma evolução. Tiago Fortuna, co-fundador da Access Lab, em declarações à Lusa, acredita a curto médio prazo, “haverá algumas boas surpresas”.

 

 

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