ACESSIBILIDADES
Os Festivais de Verão são
eventos que motivam muitos cidadãos com Mobilidade Reduzida a quererem
participar e nesse sentido é importante que as Organizações dos diversos
festivais criem espaços inclusivos com equipamentos adequados a todos os
‘festivaleiros’, independentemente da sua capacidade motora ou de outra
natureza. Contudo ainda hoje, de uma forma geral, as pessoas com mobilidade
reduzida e/ou com dificuldades sensoriais não vivem uma experiência equivalente
à do público em geral nos festivais.
As condições que requerem atenção
para minorar as dificuldades de acesso aos cidadãos com deficiência temporária
ou permanente, enquadram-se, essencialmente, em 4 áreas:
- o ACESSO
- o PISO
- os EQUIPAMENTOS
- a AJUDA DE TERCEIROS
O ACESSO
O acesso ao recinto do
festival não pode ter barreiras:
- devem existir lugares de parqueamento próximo para deficientes, vigiados para impedir abusos;
- deve existir um lugar específico para recepcionar aqueles que não se deslocam em viatura própria;
- deve coexistir uma entrada específica para quem tem Mobilidade Reduzida (para impedir atropelos).
O PISO
O piso dos locais que possam vir a receber pessoas com Mobilidade Reduzida:
- não devem ser em pedra nem em terra-batida – devem ser lisos, de preferência em cimento ou madeira regular;
- não devem ser inclinados;
- os percursos pedonais devem ter a largura mínima de um metro;
- o percurso pedonal, em caso de inclinação, não deve ultrapassar os 6%.
OS EQUIPAMENTOS
Os equipamentos do festival,
desde os lúdicos à restauração, passando pelos que são obrigatórios, desde que
não sejam impossíveis de ser acedidos por deficientes, devem ter condições de
acessibilidade:
- a zona da restauração deve ser acessível;
- a zona de ‘fun’ deve ser acessível;
- os conteúdos dos materiais de divulgação devem ser acessíveis a pessoas com deficiência visual (por exemplo);
- devem existir ajudas técnicas para pessoas com dificuldades auditivas (por exemplo);
- os balcões de atendimento, nomeadamente os de informações, devem ter uma zona/altura acessível;
- devem existir WC’s adaptados, limpos e vigiados – sanitários sem abertura frontal, no máximo com uma altura de 40cm;
- deve existir uma área que permita o carregamento das baterias das cadeiras eléctricas;
- deve existir um Posto Médico;
- deve existir um palco elevado com visibilidade para o festival;
- devem existir rampas e ou mecanismos elevatórios em caso de necessidade;
- ainda que facultativo deve existir um veículo que possa transportar as pessoas com mobilidade mais agravada desde a entrada até à área especifica para deficientes.
A AJUDA DE TERCEIROS
Ainda que todo o festival
tenha as condições mínimas de acessibilidade, é sempre uma mais-valia a
organização prever a possibilidade de ter pessoas da organização empenhadas em
ajudar quem mais precisa, nomeadamente, os deficientes:
- voluntários
- vigilantes
- ajudas técnicas
- um contacto telefónico dedicado para pedir a ajuda de terceiros
A organização deve ser
sensível e competente para responder na hora a qualquer carência de um cidadão
com deficiência, para que o festival seja uma experiência prazerosa e
gratificante para todos. Os festivais de música têm feito “os mínimos olímpicos”,
mas tem-se observado uma evolução. Tiago Fortuna, co-fundador da
Access Lab, em declarações à Lusa, acredita a curto médio prazo, “haverá
algumas boas surpresas”.
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