May 20, 2020

Isolamento PERMANENTE versus TEMPORÁRIO


Paradoxalmente, este momento que todos vivemos devido à Pandemia, pode ser a oportunidade para recolocar na agenda a causa da acessibilidade e, desse modo, denunciar o incumprimento das leis em vigor, denunciar o colapso da autoridade do Estado enquanto garante desse mesmo cumprimento e, paralelamente, denunciar a falta de sentido cívico de muitos daqueles que têm estabelecimentos de acesso publico e que agora, em tempo de confinamento, precisam de ajuda.



Presos em casa, sem poder ir a um restaurante, à maioria dos estabelecimentos públicos ou privados, sem poder usufruir de um passeio devido às calçadas empedradas, sem poder visitar muitos dos amigos, etc... é uma realidade que não surgiu agora, é uma situação permanente para muitas pessoas que se encontram dependentes de uma cadeira de rodas, devido à falta de acessibilidades


Há que garantir o cumprimento da lei 
e implementar as soluções adequadas para DESCONFINAR 
a grande maioria da população portadora de deficiência.



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May 12, 2020

CONFINAMENTO



Vivemos momentos excecionais e muito provavelmente inesperados para a maioria dos portugueses. 


Este isolamento ‘forçado’, devido à emergência sanitária causada pelo COVID-19, vai certamente despertar novas realidades e deixar evidentes muitas das nossas fragilidades, mas também muito do que somos capazes de fazer enquanto comunidade.


Paradoxalmente, talvez seja um bom momento para refletirmos como o isolamento – físico e social – nos pode afetar de forma tão negativa. Infelizmente, para a grande maioria das pessoas com deficiência, este isolamento temporário confunde-se com o seu isolamento permanente. Um fenómeno que deve ser avaliado com determinação para o podermos minimizar tanto quanto possível A falta de ACESSIBILIDADES e de EQUIPAMENTOS ADEQUADOS à vida de todos aqueles que são portadores de deficiência, bem como a dificuldade em implementar soluções que possibilitem e promovam a VIDA INDEPENDENTE, são os principais fatores para que o isolamento permanente exista e persista.

Eduardo Jorge, tetraplégico desde 1991, em tom de desabafo, afirma que “Pelo que presencia, uma grande maioria está no limite e não suportaria esta situação por muito tempo. Portam-se como se estivessem num túmulo. Como se fosse uma tragédia. A tragédia maior não parece ser o vírus, mas sim o facto de se encontrarem confinadas a um espaço”


Muitas pessoas com deficiência vivem em isolamento social há vários anos e dificilmente vão ‘à rua’ pelo simples facto de não existirem acessibilidades. A via pública é um campo de obstáculos e começa logo pelo mais elementar, os passeios e percursos pedonais, quase todos em pedra. As lojas, os restaurantes, as zonas de lazer, os transportes e os serviços públicos, entre outros, continuam maioritariamente sem cumprir as normas e as leis relativas à acessibilidade. Uma vergonha nacional que, com o tempo, nos vai acaba por afetar a todos.


Em tempos extraordinários temos que nos empenhar também de forma extraordinária. Pode ser que este momento insólito coloque na agenda a causa da acessibilidade e, desse modo, se possam criar as condições necessárias para DESCONFINAR a grande maioria da população portadora de deficiência. 



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