June 16, 2022

Olhos nos Olhos

 

Como tem vindo a ser tratada a pessoa com deficiência pela sociedade ao longo do tempo?

 

 

Crédito: Catarina | Uma Espécie Rara

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June 11, 2022

“Aceitar, Adaptar e Avançar”


O mercado de trabalho desconhece a eficiência de uma pessoa com deficiência motora 



Considera João Antunes que, 

“Nos processos de recrutamento cheguei a ser questionado se por questões de imagem a utilização da canadiana seria algo momentâneo ou definitivo, e ouvi as desculpas mais incríveis para camuflar a falta de desejo e vontade em dar-me uma oportunidade”. 

"O pontapé de saída no mercado de trabalho foi dado em novembro de 2009, numa empresa de telecomunicações. Não me esqueço que, após o término da entrevista, fui questionado se era uma pessoa que costumava faltar por questões de saúde. Com base nesta questão, e apesar da minha resposta (só faltava ao trabalho se não me conseguisse levantar da cama), pensei que as minhas hipóteses eram perto de nulas. No entanto, tive uma agradável surpresa: fiquei com a posição e tive a oportunidade de conhecer colegas fantásticos e um country manager a que ainda hoje, passados mais de dez anos, agradeço tudo o que fez por mim”.

 “Esse ano de experiência ajudou-me a percorrer os primeiros quilómetros numa realidade completamente ímpar, mas nunca imaginando o que estava para vir. Nessa altura, quando olhava para a vida e fazia dela um videojogo onde as minhas escolhas eram feitas sem qualquer limitação, estava longe de pensar que alguns anos depois elas seriam infinitamente limitadas.”

“Quando deixei este emprego, posso afirmar que sofri em primeira mão as piores experiências de alguém que possui vontade de trabalhar, mas que face às suas limitações acaba por sofrer. Nessa fase, decidi arriscar em omitir no meu CV a adenda reportando a minha incapacidade física, isto porque pretendia que as pessoas me avaliassem pelas minhas valências e não pelo handicap que possuo”.

 “Durante o período de desemprego fui entrevistado numa esplanada de café, por falta de acessibilidades e de infraestruturas adaptadas. Muitas vezes, era forçado a visitar no dia anterior a empresa, para averiguar os sistemas de mobilidade do espaço. Fazia este trabalho prévio para não ser apanhado desprevenido no dia da entrevista”.

“As “negas” contínuas que fui acumulando estavam a tornar-me ainda mais forte psicologicamente, mesmo que a revolta muitas vezes se apoderava de mim. Não esperava compaixão, empatia ou ser utilizado como uma bandeira direcionada à inclusão no mercado de trabalho. O meu objectivo sempre foi aprender, evoluir enquanto profissional e ser humano e, acima de tudo, acrescentar valor à instituição que me desse a oportunidade”.

 “Passados alguns meses sem trabalho, sou convidado pelo anteriormente mencionado country manager a acompanhá-lo num novo desafio – ao qual respondi afirmativamente. Numa fase inicial desta nova aventura, conseguia deslocar-me até às instalações da empresa, mas sempre com a premonição de que mais tarde ou mais cedo aquela variável seria alterada até porque tanto o estacionamento, como os acessos às instalações, não estariam aptos para uma pessoa incapacitada fisicamente”.

 “Infelizmente, alguns meses depois dei início a uma nova realidade: o teletrabalho. Não sou o maior apologista deste modelo de trabalho para quem está a começar um novo desafio profissional. No meu ponto de vista é um obstáculo à integração, dificulta a compreensão dos processos da empresa e não permite conhecer adequadamente os colegas. Esta falta de entrosamento pode desencadear uma péssima experiência”. 

 

Queixas de discriminação por deficiência sobem 30%, a maioria por causa de acessibilidade



O Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) continua a fazer 'discursos', só registou uma contra-ordenação. O acesso a direitos fica em segundo lugar entre as queixas mais frequentes. Quem está no terreno fala de ineficácia da lei e de falta de fiscalização e o INR não se mexe!

 

 

 

Entrevistado: João Antunes : Natural de Lisboa. Brand Manager na Bee Engineering ICT. Lema de vida: aceitar, adaptar e avançar

  

Relacionado‘Naufrágio’,10 Anos DEPOIS

 

Fonte: PUBLICO



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June 4, 2022

Finalmente… +1 estação


Cidade Universitária | Inauguração dos elevadores | Metro de Lisboa


A estação da Cidade Universitária serve a Universidade de Lisboa e o Hospital de Santa Maria. Esta estação, de 1988, foi desenhada pelo arquitecto Sanchez Jorge, com obras de arte da pintora Maria Helena Vieira da Silva e painéis de azulejo por Manuel Cargaleiro.

 

Finalmente, estação de Metro da Cidade Universitária passou a ser acessível a todas as pessoas com a instalação de três elevadores, desde maio de 2022. Existe pavimento táctil nos cais de embarque e estão disponíveis anúncios sonoros e visuais. A estação Cidade Universitária do Metropolitano de Lisboa passará a dispor de acessibilidade plena com a instalação dos elevadores e eliminação de barreiras arquitetónicas. O elevador exterior está localizado na Avenida Professor Gama Pinto, em frente à “Cantina Velha” da Universidade de Lisboa. Este elevador permite o acesso ao átrio da estação, onde se efetua a validação do título de transporte. Após a linha de controlo, estão localizados dois elevadores de ligação entre o átrio e cada um dos cais de embarque.

  


Com o contributo de Diogo Martins

Relacionados: O Verdadeiro Mapa do METRO


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