António
Costa declarou, publicamente, que a acessibilidade seria uma das prioridades do
seu mandato e que se ia manter vigilante e atento a esta questão que
considerou, e cito, "...como prioritária...”.
No
dia 22 de setembro de 2013, António Costa, numa ação de campanha enquanto candidato
à presidência da CML, reafirmou o seu compromisso para executar o Plano de
Acessibilidade Pedonal para Lisboa.
O
Plano de Acessibilidade Pedonal, que foi aprovado em fevereiro de 2014 na Assembleia
Municipal de Lisboa, prevê a implementação de 100 medidas que
facilitem a mobilidade das pessoas na capital. Algumas dessas medidas passam
pelo aumento do numero de passadeiras, aumento do numero de ciclovias, rebaixamento dos passeios e pela pavimentação adequada dos passeios em calçada de forma a que as pessoas os possam utilizar com conforto e em segurança. A calçada nos Passeios exclui quase todos e quase tudo.
CURIOSO, ou não, foi saber que mais de 10 milhões de Euros depois, e após
diversas intervenções consecutivas, em que muito dinheiro foi literalmente
deitado ‘à rua’, a nova Ribeira das Naus incorre em contradição com o que o
próprio Presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou. O autarca defendeu
que agora "há espaço para as atividades turísticas, de lazer… e que partir
da conclusão da obra, Lisboa ganhava um espaço de convívio para os peões,
ciclistas…” mas, mais uma vez, e contrariando o seu compromisso, os cidadãos
com Mobilidade Reduzida foram excluídos.
O arquiteto Manuel Salgado, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, afirmou “que os arquitetos portugueses têm provado que são dos melhores do mundo” e que a qualidade da arquitetura portuguesa é evidente.
O que é que um cidadão paraplégico pode dizer depois deste slogan Municipal...!? NADA.
É estranho perceber que quando se tem que decidir entre a pedra e as pessoas, se escolha a pedra!?
Quanto
valerá agora a PALAVRA deste Presidente de Câmara, atualmente candidato à
liderança do PS e putativo candidato a Primeiro-Ministro de Portugal… A
credibilidade das Instituições deve estar acima das pessoas e deve ser
preservada.
Estranha
forma de olhar uma Sociedade que se pretende que seja INCLUSIVA... e tudo isto
acontece no momento em que o Plano Pedonal para Lisboa foi aprovado...
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