“A
felicidade tem sempre um aspeto dourado (…) pode ser da riqueza, do poder ou da
beleza (…) provavelmente para a semana, para muita gente, será a forma do IPod
2 (…) Num dia em que estava a fazer fisioterapia, estava ao meu lado, deitado,
um amigo meu (…) este meu amigo tem mais mobilidade do que eu, consegue mexer
os braços, consegue passar para a cadeira, consegue passar da cadeira para o
carro, consegue até guiar (…) consegue tomar banho sozinho, vira-se sozinho durante
a noite, o que eu não consigo… é a minha mulher que me vira duas vezes por
noite (…) portanto ele tinha o que eu queria ter (…) a determinada altura
aparece uma terceira pessoa, ainda com mais mobilidade (…) conseguia dar uns
passos com a ajuda de uns equipamentos (…) o meu amigo, que estava ao meu lado,
disse-me: ‘quem me dera estar como ele’ (…) eu pensei, que grande lata, que
falta de sensibilidade (…) então vem dizer-me isto a mim, e eu que queria era
ficar como ele está (…) fiquei a pensar naquilo durante muito tempo (…) Hoje em
dia vejo as coisas de maneira diferente, e penso que se estivesse na cabeça
dele dizia exatamente a mesma coisa (…) e se estivesse na cabeça do que estava
a dar uns passos com os aparelhos, estava a pensar que queria era estar como o
futebolista que tinha o joelho lesionado e estava ali a fazer fisioterapia (…)
e o futebolista que tinha o joelho lesionado, estava a pensar que estava
tramado e tinha a época lixada (…) A conclusão a que eu chego é que estamos a
por a felicidade sempre em coisas que não temos (…) estamos a adiar a nossa
felicidade (…) A minha mensagem final é que aprendam a ser felizes com o têm ao
vosso alcance”
Um testemunho que em 16 minutos e 27 segundos consegue falar da
vida, das contrariedades e das virtudes, sempre com
'os pés bem assentes no chão’
'os pés bem assentes no chão’
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