a)
Calçada, tradicional, à semelhança do que já existe
b)
Outro tipo de pavimento contínuo, mais moderno e seguro
A Calçada
portuguesa vai desaparecer da zona antiga de Campolide.
Moradores do bairro
lisboeta foram a votos e 61,5% preferem um piso contínuo, liso e mais seguro,
contra 38,5% que preferem manter o empedrado.
A
calçada surgiu no século XIX e é maioritariamente usada no calçamento de quase
todas as cidades muito embora já estejamos no século XXI. É um piso geralmente
desnivelado, que se baseia em pedras de formato irregular, geralmente de
calcário e por vezes pontiagudas, intervaladas com buracos de maior ou menor
dimensão.
Um piso desadequado se pensarmos nos cidadãos com mobilidade
reduzida, conjuntural ou permanente, nos pais com carrinhos de bebés, nas
pessoas mais idosas, no comum do cidadão, que simplesmente tentar transportar o seu troley, nos mais novos que gostam de andar de patins ou mesmo nas mulheres portuguesas que arrisquem o uso de
sapatos de salto alto... Por isso é cada vez mais frequente vermos muitos peões a caminhar à beira dos passeios ou seja, na estrada, colocando a sua
vida e a dos automobilistas em risco.
As
pessoas foram chamadas a "decidir algo que diz respeito ao seu quotidiano, à
sua vida diária” e os nossos concidadãos de Campolide esqueceram o Sec.IX e votaram
numa solução compatível com o Sec.XXI. Perceberam que a calçada, ainda que tradicional
e de grande valor patrimonial, já não se adequa às exigências atuais.
Ao
PÚBLICO, o presidente André Couto explica que quer que a decisão agora tomada
tenha “rapidamente” um reflexo prático no terreno, adiantando que as primeiras
obras de substituição da calçada por outro piso deverão ter início “até ao
final do ano”. A Rua de Campolide e a Rua General Taborda são duas das artérias
apontadas como prioritárias pelo autarca.
É
estranho constatar que quando se tem que decidir entre a pedra e as pessoas,
ainda existem muitas pessoas a preferir a pedra. O Fórum Cidadania Lisboa parece
querer continuar a caminhar sob as Pedras. Paradoxal.
“Não
podemos resolver problemas com o mesmo tipo de pensamento que usávamos quando
os criávamos.” Albert Einstein.
Fonte:
Publico
Para o
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