As
deficiências correspondem a um desvio relativamente ao que é geralmente aceite
como estado biomédico normal (padrão) do corpo e das suas funções. As
deficiências podem ser caracterizadas como temporárias ou permanentes,
progressivas, regressivas ou estáveis, intermitentes ou contínuas.
Muitas
pessoas ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é
natural. Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida
consideração. Não subestime essa possibilidade, nem as dificuldades e
vice-versa.
O QUE SE DEVE TER EM
ATENÇÃO AO PRESTAR AJUDA A UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
- Não deve tratar um deficiente visual por “cego” ou “ceguinho”. É uma abordagem pejorativa uma vez que ninguém gosta de ser rotulado.
- É bom saber que nem sempre as pessoas com deficiência visual precisam de ajuda. Se encontrar alguém que pareça estar em dificuldades, identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça ajuda.
- Nunca ajude sem perguntar como fazê-lo. Se a resposta for positiva, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando.
- É sempre bom avisar, antecipadamente, sobre a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e outros obstáculos durante o trajeto.
- Algumas pessoas, sem perceber, falam com um tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. A menos que ela tenha, também, uma deficiência auditiva que o justifique, não grite. Fale com um tom de voz normal.
- Não se deve brincar com um cão-guia uma vez que ele tem a responsabilidade de guiar o seu dono. Não deve ser distraído dessa função.
O QUE SE DEVE TER EM
ATENÇÃO AO PRESTAR AJUDA A UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA MOTORA
- Ao conversar com uma pessoa numa cadeira de rodas, caso seja possível, lembre-se de se sentar para que ambos fiquem ao mesmo nível.
- Agarrar ou apoiar-se na cadeira de rodas é como agarrar ou apoiar-se numa pessoa que esteja sentada numa cadeira comum.
- Nunca movimente uma cadeira de rodas sem antes pedir permissão e sem saber como o deve fazer adequadamente.
- O piso é uma variável fundamental para que uma pessoa que se desloque numa cadeira de rodas não fique numa situação incómoda. Pergunte sempre qual o melhor caminho a seguir sabendo à partida que o piso em calçada é totalmente inapropriado.
- Para subir degraus incline a cadeira para trás e movimente-a no sentido ascendente. Mantenha as rodas apoiadas, degrau a degrau. Para descer o processo é inverso. Nesta situação é mais seguro se uma outra pessoa se colocar à frente, de forma a garantir que a descida é feita degrau a degrau, sempre com as rodas apoiadas no chão.
- Se souber transmita com clareza qual o grau de acessibilidade do lugar onde o deficiente motor se encontra, nomeadamente indique se existem degraus, rampas, elevadores, instalações sanitárias adequadas, etc.
O QUE SE DEVE TER EM
ATENÇÃO AO PRESTAR AJUDA A UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
- Use um tom de voz normal a não ser que lhe peçam para falar mais alto. Fale de frente para a pessoa e garanta que a sua boca está sempre visível.
- Se conhece a linguagem gestual, use-a. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. As suas tentativas serão apreciadas e estimuladas. Seja expressivo.
- As pessoas surdas não conseguem identificar alterações subtis do seu tom de voz sempre que expressa, por exemplo, sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade. Assim, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo podem ajudar a melhorar a sua comunicação.
- Mantenha sempre contacto visual. Tente não desviar o olhar porque pode passar a falsa indicação de que a conversa terminou.
- Muitas vezes uma pessoa surda não tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está a querer dizer, não se acanhe em pedir para que repita.
- Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.
Em
todos os casos deve respeitar o ritmo das pessoas com mobilidade condicionada
ou com algum tipo de deficiência.
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