November 21, 2016

Camisola Amarela


O distrito do Porto lidera a corrida aos PISOS MAIS AMIGOS dos cidadãos.

Foto: Marisa Alves, Av. do Brasil, Porto
Reconhecendo a importância do desenvolvimento de uma política integrada para as zonas costeiras, a Águas do Porto delineou o Plano de Estrutura para a Frente Marítima do Porto, com vista à promoção da melhoria das condições ambientais, da qualidade e do ordenamento das zonas e águas balneares e da sua envolvente urbana. O objetivo estratégico é melhorar as condições ambientais e a qualidade e ordenamento das zonas e águas balneares urbanas do Município do Porto, de forma a permitir o usufruto, nas melhores condições possíveis, por parte dos cidadãos.

Ainda que este projeto não tenha como objetivo específico criar melhores condições para a mobilidade dos cidadãos com dificuldades motoras, o facto é que nos últimos anos são inúmeros os exemplos que evidenciam a significativa melhoria das condições pedonais para todos os que vivem nas cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. As intervenções junto às zonas costeiras são um testemunho evidente.

Vila Nova de Gaia


Saiba mais AQUI


Para o Minuto Acessível, 
deixe aqui o seu contributo: minuto.acessivel@gmail.com

November 14, 2016

Places4All


Hugo Vilela e Luís Filipe Silva "criaram um sistema inovador para classificar locais acessíveis a deficientes, idosos e suas famílias", considerou Erika Nunes. Emite um selo de qualidade com o objetivo de contribuir para eliminar barreiras.

O turismo europeu perde 142 mil milhões de euros por ano – quase 400 milhões por dia – devido à falta de acessibilidades, revela um estudo recente da Universidade de Surrey, no Reino Unido. Se todos os destinos europeus fossem acessíveis, seriam ainda criados 3,4 milhões de empregos no setor. Hugo e Luís Filipe, dois jovens empreendedores do Porto, criaram a Places4All para tornar Portugal acessível e mudar mentalidades.

“Os deficientes motores, sensoriais ou cognitivos não são incapazes, nem estão fechados em casa, escondidos do mundo como noutros tempos”, reclama Luís Filipe. “A autonomia não tem de ser limitada porque nos deslocamos em cadeira de rodas ou porque somos cegos ou surdos”, defende Hugo Vilela.




A Places4All é um projeto de empreendedorismo social que emergiu no âmbito de um projeto académico que contemplava a criação de um serviço de aluguer de sistemas de mobilidade. Hugo Vilela, licenciado em Economia e com um mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico, percebeu que o projeto não funcionava sem acessibilidades. Foi o ‘trigger’ para a Places4All.

Consiste num sistema de avaliação detalhado sobre a acessibilidade do ambiente físico e sensorial em 4 dimensões do lugar:
  • acessos (inclui estacionamento e transportes públicos, por exemplo);
  • exterior (aqui avaliam-se rampas ou obstáculos, entre outros);
  • percurso interior (além da mobilidade, analisa-se a informação visual ou sonora);
  • bens e serviços.

Todos os proprietários de espaços abertos ao público podem adquirir um dístico de reconhecimento e divulgação das condições de acessibilidade do seu espaço. As vantagens de 'adesão dos lugares’ a este sistema são, exatamente, o poderem vir a ser reconhecidos como um espaço de referência em acessibilidade na cidade, a divulgação do seu espaço na plataforma, redes sociais, parceiros e guias turísticos.



Um Lugar Para Todos deve garantir acessibilidade e autonomia em todos os seus ambientes e contextos, sendo por isso um dado adquirido para todas as pessoas, independentemente das suas capacidades físicas e/ou sensoriais.



Fontes: Com base em artigos de Erika Nunes, Dinheiro Vivo 
e Joana Fortes, Blasting News




Saiba mais em Places4All



Para o Minuto Acessível, 
deixe aqui o seu contributo: minuto.acessivel@gmail.com

November 7, 2016

“Como vai ser o meu dia?”


Há normalmente uma questão que todos nós, inconscientemente, colocamos todos os dias: “Como vai ser hoje o meu dia?”

Provavelmente, uma grande maioria dá por garantida a vida que tem.

Contudo, ouvimos falar de tragédias diárias ou somos confrontados com algum acontecimento inesperado que aconteceu a alguém que nos é próximo. Mas não nos toca. A vida é de facto como é, sabemos que amanhã poderá ser diferente, mas hoje não.

Nos últimos 20 anos mais de 200 mil portugueses foram surpreendidos no seu dia-a-dia. No seu hoje em que tudo estava previsto, bem encaixado e encadeado, surge um inesperado acidente. Um atropelamento, um acidente rodoviário, uma queda, enfim, algo que nos provoca, por exemplo, um traumatismo craniano grave. Um traumatismo pode provocar perda de memória, descontrolo emocional, paralisias, epilepsia, dificuldade de concentração, alterações de linguagem, da visão ou de outros órgãos dos sentidos, varia de caso para caso. Os casos mais graves associam-se a estado de coma com internamento prolongado, cirurgias e um processo de reabilitação lento e complexo.

Este é o início da história das muitas pessoas que a Novamente acompanha.


 (…) ao fim de 3 a 5 anos, que pesam como 30, perdemos os amigos que nos primeiros dias prometeram nunca nos deixar (…) algumas famílias só quer saber de nós em momentos chave (…) no hospital experimentamos vitórias, retrocessos, alegrias, frustrações incríveis (…) encontramos profissionais que nos tiram a esperança, mas também nos cruzamos com profissionais cujas palavras sábias nos confortam e que nunca mais iremos esquecer (…)

A vida, depois do hospital, passa a ser a vida de quem quer reabilitar-se.



Para além de ter criado um serviço de apoio contínuo, apoio emocional, encaminhamento para soluções, etc., a Novamente também desenvolveu processos para formar cuidadores com competências específicas para acompanhar aqueles que sofrem traumatismos cranianos graves. São atividades que nunca imaginaram vir a desempenhar, muito menos quando os doentes são pessoas em idade madura que inesperadamente deixaram de ser independentes e passaram a ser deficientes, sem emprego, divorciados, com comportamentos inter-relacionais difíceis, etc.. Aqueles que estavam casados muitas vezes não aguentam o casamento.

Em vários pontos do país a Novamente desenvolveu soluções que proporcionam aos sinistrados a possibilidade de desenvolverem a sua autonomia através de atividades ocupacionais, terapêuticas e socioculturais, de modo a melhorarem a sua integração na comunidade e no seio familiar. Aqui reaprendem a conhecer-se, a aceitar-se e a usar técnicas para melhor se relacionarem com o mundo que os rodeia.




“Voltamos a pensar que o dia está previsto, mas nunca mais esqueceremos que há coisas que não acontecem só aos outros” sublinhou Vera Bonvalot, Diretora Executiva da NOVAMENTE


Fonte: Com base numa entrevista ao Jornal Público





Saiba mais em: 





Para o Minuto Acessível, 
deixe aqui o seu contributo: minuto.acessivel@gmail.com

November 2, 2016

Receita PRIORITÁRIA


Recentemente a obrigatoriedade do atendimento prioritário aos idosos, deficientes, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo foi alargada pelo Decreto-Lei n.º58/2016, publicado em Diário da República, no dia 29 de agosto, a todas as entidades públicas e privadas que prestem atendimento presencial ao públicoSó entra em vigor a partir do final de dezembro, mais concretamente a 29 de dezembro, pelo que para já só se aplica o atendimento prioritário nos serviços públicos.

Somos um povo que que se adapta rapidamente à Lei, sempre que daí resulte um benefício ou a vantagem pessoal mesmo em prejuízo de alguém. Muito conhecida por ‘CHICO-ESPERTISMO’, esta ‘nossa’ estratégia nacional passou a ser frequente em muitas Lojas do Cidadão, só para dar um exemplo.


São inúmeros os utentes destes serviços que se fazem acompanhar por bebés ou crianças de colo, para assim conseguirem passar a frente de todos os outros, uma vez que passam a ser considerados prioritários. 

Loja do Cidadão - STRADA Outlet

O ‘chico-esperto’ é estúpido, mas acha-se muito inteligente. Sobrevaloriza a sua esperteza e subestima a inteligência dos outros, acabando, frequentemente, por ser a vítima dos seus embustes. Tem noção da desonestidade da sua atuação, mas desculpa-se achando que o mundo é dos espertos. Por culpa própria, a nossa, o ‘chico-esperto’ tornou-se tão vulgar que já quase não o recriminamos. Há mesmo quem diga que faz parte do ADN nacional, in José Bancaleiro, Blog



Relacionado: PRIORIDADES




Para o Minuto Acessível, 
deixe aqui o seu contributo: minuto.acessivel@gmail.com