Hugo Vilela e Luís Filipe Silva "criaram um sistema inovador para classificar locais acessíveis a deficientes, idosos e suas famílias", considerou Erika Nunes. Emite um selo de qualidade com o objetivo de contribuir para eliminar barreiras.
O
turismo europeu perde 142 mil milhões de euros por ano – quase 400 milhões por
dia – devido à falta de acessibilidades, revela um estudo recente da
Universidade de Surrey, no Reino Unido. Se todos os destinos europeus fossem
acessíveis, seriam ainda criados 3,4 milhões de empregos no setor. Hugo e Luís
Filipe, dois jovens empreendedores do Porto, criaram a Places4All para tornar
Portugal acessível e mudar mentalidades.
“Os
deficientes motores, sensoriais ou cognitivos não são incapazes, nem estão
fechados em casa, escondidos do mundo como noutros tempos”, reclama Luís
Filipe. “A autonomia não tem de ser limitada porque nos deslocamos em cadeira
de rodas ou porque somos cegos ou surdos”, defende Hugo Vilela.
A
Places4All é um projeto de empreendedorismo social que emergiu no âmbito de um
projeto académico que contemplava a criação de um serviço de aluguer de
sistemas de mobilidade. Hugo Vilela, licenciado em Economia e com um mestrado
em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico, percebeu que o projeto não
funcionava sem acessibilidades. Foi o ‘trigger’ para a Places4All.
Consiste
num sistema de avaliação detalhado sobre a acessibilidade do ambiente físico e
sensorial em 4 dimensões do lugar:
- acessos (inclui estacionamento e transportes públicos, por exemplo);
- exterior (aqui avaliam-se rampas ou obstáculos, entre outros);
- percurso interior (além da mobilidade, analisa-se a informação visual ou sonora);
- bens e serviços.
Todos
os proprietários de espaços abertos ao público podem adquirir um dístico de
reconhecimento e divulgação das condições de acessibilidade do seu espaço. As
vantagens de 'adesão dos lugares’ a este sistema são, exatamente, o poderem vir
a ser reconhecidos como um espaço de referência em acessibilidade na cidade, a
divulgação do seu espaço na plataforma, redes sociais, parceiros e guias
turísticos.
Um
Lugar Para Todos deve garantir acessibilidade e autonomia em todos os seus
ambientes e contextos, sendo por isso um dado adquirido para todas as pessoas,
independentemente das suas capacidades físicas e/ou sensoriais.
Fontes: Com
base em artigos de Erika Nunes, Dinheiro Vivo
e Joana Fortes, Blasting News
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