Há
normalmente uma questão que todos nós, inconscientemente, colocamos todos os
dias: “Como vai ser hoje o meu dia?”
Provavelmente,
uma grande maioria dá por garantida a vida que tem.
Contudo,
ouvimos falar de tragédias diárias ou somos confrontados com algum
acontecimento inesperado que aconteceu a alguém que nos é próximo. Mas não nos
toca. A vida é de facto como é, sabemos que amanhã poderá ser diferente, mas
hoje não.
Nos
últimos 20 anos mais de 200 mil portugueses foram surpreendidos no seu
dia-a-dia. No seu hoje em que tudo estava previsto, bem encaixado e encadeado,
surge um inesperado acidente. Um atropelamento, um acidente rodoviário, uma
queda, enfim, algo que nos provoca, por exemplo, um traumatismo craniano grave.
Um traumatismo pode provocar perda de memória, descontrolo emocional,
paralisias, epilepsia, dificuldade de concentração, alterações de linguagem, da
visão ou de outros órgãos dos sentidos, varia de caso para caso. Os casos mais
graves associam-se a estado de coma com internamento prolongado, cirurgias e um
processo de reabilitação lento e complexo.
Este é
o início da história das muitas pessoas que a Novamente acompanha.
(…) ao
fim de 3 a 5 anos, que pesam como 30, perdemos os amigos que nos primeiros dias
prometeram nunca nos deixar (…) algumas famílias só quer saber de nós em
momentos chave (…) no hospital experimentamos vitórias, retrocessos, alegrias,
frustrações incríveis (…) encontramos profissionais que nos tiram a esperança,
mas também nos cruzamos com profissionais cujas palavras sábias nos confortam e
que nunca mais iremos esquecer (…)
A
vida, depois do hospital, passa a ser a vida de quem quer reabilitar-se.
Para além
de ter criado um serviço de apoio contínuo, apoio emocional, encaminhamento para
soluções, etc., a Novamente também desenvolveu processos para formar cuidadores
com competências específicas para acompanhar aqueles que sofrem traumatismos
cranianos graves. São atividades que nunca imaginaram vir a desempenhar, muito
menos quando os doentes são pessoas em idade madura que inesperadamente
deixaram de ser independentes e passaram a ser deficientes, sem emprego,
divorciados, com comportamentos inter-relacionais difíceis, etc.. Aqueles que
estavam casados muitas vezes não aguentam o casamento.
Em
vários pontos do país a Novamente desenvolveu soluções que proporcionam aos
sinistrados a possibilidade de desenvolverem a sua autonomia através de
atividades ocupacionais, terapêuticas e socioculturais, de modo a melhorarem a
sua integração na comunidade e no seio familiar. Aqui reaprendem a conhecer-se,
a aceitar-se e a usar técnicas para melhor se relacionarem com o mundo que os
rodeia.
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