April 22, 2014

Preconceito e Discriminação



“As pessoas que têm mobilidade condicionada têm mais oportunidades de participar na sociedade. Isso faz com que a sociedade esteja mais habituada a vê-las e vá alterando as suas atitudes”, refere Ema Loja.






Ema, trabalha no Centro de Estudos sobre Deficiência da Universidade de Leeds, considera que o problema não está nas pessoas com incapacidade ou mobilidade reduzida, mas na sociedade que cria contextos repletos de barreiras.

Doutorada pela Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto, Ema não gosta de falar na sua experiência pessoal, mas admite ter sido o ponto de partida para desenvolver a sua carreira de investigação.

Para se perceber melhor as Barreiras Físicas e Mentais, basta viajar. As diferenças percebem-se mal se sai de um avião. Por exemplo, faz toda a diferença viver em Portugal ou em Inglaterra. “É muito mais fácil a pessoa movimentar-se na via pública, usar transportes públicos e/ou entrar em edifícios”.

As barreiras arquitetónicas estão generalizadas em Portugal. Só com recursos pessoais e/ou familiares é que se consegue ultrapassá-las. Já foi pior. Sabemos que já foi pior. O país mudou muito desde o 25 de Abril de 1974 e mais ainda desde a adesão à então chamada Comunidade Económica Europeia, em 1986. Já era tempo de estarmos muito melhor.

A investidora, que estuda a deficiência numa ótica sociopolítica, pegou no conceito de “ableísmo”, um neologismo derivado do inglês —“able”, traduzível por hábil — referente à discriminação contra pessoas com um corpo diferente e questiona: “Que corpo é exemplar da espécie humana?”. Neste prisma, o problema “está na sociedade que é intolerante com pessoas que têm um corpo diferente e que cria uma série de barreiras de contextos incapacitantes”.

Saiba mais:
Fonte: Publico

Com o contributo de Ema Loja 







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