December 1, 2014

O caminho das pedras


Quando perdemos o direito de ‘andar por aí’ perdemos o privilégio de sermos livres.


Pessoas com necessidades especiais precisam de cuidados especiais. Todos os tipos de deficiência devem merecer a nossa melhor atenção. O dia de hoje deve servir para preparar o dia de amanhã. De nada serve pensar que este tipo de problemas não nos atingem. O síndroma do ‘umbigo’, isto é, concentrarmo-nos apenas nos nossos problemas, não é uma boa estratégia. A nossa casa tem que ter um telhado, senão chove lá dentro.


Entre outras cidades europeias, Barcelona, Londres, Paris, Estocolmo, Berlim e Amesterdão são cidades preparadas para receber Pessoas com Mobilidade Reduzida. Ainda subsistem alguns problemas, mas comparar algumas destas queixas com o que o que temos, por exemplo, em Lisboa, é comparar uma autoestrada com uma via em terra batida… desde os pisos em pedra à falta de acessos, Lisboa e quase todos os nossos centros urbanos, evidenciam tudo aquilo que todos temos a obrigação cívica de alterar, para que amanhã não sejamos surpreendidos.

As pessoas com Mobilidade Reduzida têm, muitas vezes, que ser super-atletas para superar as barreiras com que se deparam diariamente. A maior parte das vezes não é possível superar esses obstáculos. As acessibilidades estão longe de se tornar uma realidade em Portugal e também em alguns países do espaço europeu. 

Muitos destes países não impõem obrigações claras sobre como e quando é que se devem implementar as alterações necessárias para que o espaço público e o espaço privado se tornem acessíveis. Nos países onde existe legislação, ela é muitas vezes ignorada devido à falha da fiscalização e às sanções limitadas. É o nosso caso, o caso de Portugal.

O parlamento europeu deve perceber que precisamos de uma lei que harmonize as normas relativamente às acessibilidades, para que todos os Estados-membros possam caminhar na mesma direção.


Algumas dificuldades em Amesterdão… mas, certamente, não conhecem Lisboa, não conhecem Portugal.!



Num mundo menos acessível a nossa deficiência AUMENTA.



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