May 10, 2016

Passeios mais largos, melhor ACESSIBILIDADE


“A arquitetura só pode ser capacitante se os arquitetos desenvolverem empatia”, afirmou Raymond Lifchez

Em Portugal, na maioria dos nossos centros urbanos, o discurso arquitetónico não tem conseguido alinhar-se com as necessidades sociais e éticas da cidade contemporânea. Com a relação tensa entre a teoria e a prática, a irrelevância social no design é onipresente. Os arquitetos que praticam a profissão veem frequentemente a teoria como esotérica e não-transferível, enquanto muitos teóricos não manifestam as suas ideias na realidade através da construção.

Recentemente a Câmara Municipal de Lisboa iniciou uma R(E)VOLUÇÃO que pretende alterar este paradigma. A cidade não é de facto para todos mas devia sê-lo. As pessoas com Mobilidade Reduzida não usufruem da cidade porque a cidade não está preparada para os receber. Fernando Medina, o atual presidente da CML, tem liderado este processo de mudança e a cidade começa a mudar. É um processo longo, mas quanto mais depressa for iniciado mais depressa se conclui. É importante garantir a requalificação, bem como assegurar que ‘obra nova’ se enquadra nesta visão inclusiva que agora se iniciou. Outras das nossas cidades já iniciaram há muito processos semelhantes. Lisboa chegou atrasada mas chegou. O processo é irreversível.

A CML iniciou esta semana a requalificação do eixo central da cidade, uma intervenção que abrange a zona da Av. da República, Saldanha, Picoas e Av. Fontes Pereira de Melo.




Nesta obra e em muitas outras já planeadas ou em curso, a autarquia pretende reduzir o ruído, melhorar a segurança rodoviária, aumentar a área pedonal, tornar os passeios mais confortáveis, criar mais ciclovias e aumentar as zonas verdes.






“Estamos a dar resposta à ambição das pessoas, que creio ser grande, de poderem usufruir mais e melhor do espaço comum na cidade. Aumentamos e valorizamos o espaço público, que reganha centralidade para utilização e fruição de todos, seja para estar numa esplanada, andar a pé ou de bicicleta, ou divertirmo-nos com os filhos num parque”, considera Fernando Medina.


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