March 6, 2014

As vibrações, as quedas e a relevância artística!

É estranho ver que quando se tem que decidir entre a pedra e as pessoas,
se escolha a pedra.

A calçada com relevância artística deverá ser preservada e mantida em bom estado de conservação (o que raramente acontece), para minorar os riscos de queda, introduzindo-se "passadeiras" noutro material que não escorregue e não provoque vibrações a quem circula em cadeira de rodas, aliás como já se fez por cá, por exemplo, no castelo de Marvão e em Óbidos. Nestes locais é fácil verificar em que piso as pessoas preferem caminhar, é vê-las em carreirinho em cima das ditas "passadeiras", que convivem de forma harmoniosa com a calçada artística. As vibrações que referi, para quem tem uma lesão medular, desencadeiam o processo de espasticidade (contração muscular), associado a dor e impossibilidade de controlar os membros afetados, empurrando-os para o chão e provocando-lhes ainda maiores lesões. Em Lisboa, basta parar um pouco na Avenida do Brasil, por exemplo, e verificar que toda a gente caminha pela ciclovia e não é, garantidamente, pela cor da mesma, mas sim por ser mais segura e confortável, sendo que a maioria destas pessoas nem tem mobilidade reduzida.”


Texto de Eduardo Carrêlo


Arte a preservar e que deve conviver pacificamente
com uma alternativa que não seja agressiva


Pesadelo sem qualquer valor artístico e vulgarizado na maioria das cidades
e que deve ser substituído por um piso seguro



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