January 30, 2017

All For All


O Turismo de Portugal lançou o programa “All For All” dirigido a todos os empresários do setor, tendo em vista a sua mobilização, numa atuação concertada de tornar acessível a oferta turística nacional.

A aposta na acessibilidade está diretamente associada ao propósito do país: “Receber Bem”. Ao construirmos um destino turístico acessível para todos estamos a responder às necessidades de cada um, prestando um melhor serviço e potenciando a captação de mais turistas.

Não se trata de responder a um mero nicho de mercado mas sim, prepararmos-nos para poder fazer parte dos destinos escolhidos por turistas com necessidades específicas, os quais se estima que, em 2020, poderão representar 862 milhões de viagens na Europa.

Saber acolher todos os turistas - famílias com crianças pequenas, seniores ou pessoas com algum tipo de incapacidade, ainda que temporária – é, por isso, uma importante oportunidade de negócio e uma vantagem competitiva para Portugal.

Turismo Acessível
Turismo Universal
Turismo Inclusivo ou 
Turismo sem Barreiras pode ser definido como a fruição da atividade turística (produtos, serviços e ambientes turísticos), que é acessível a todas as pessoas, com deficiência ou não, e que inclui todos aqueles que possam apresentar temporariamente ou permanentemente limitações de mobilidade, de audição, de visão, cognitivas e psicossociais, de forma independente e com equidade e dignidade.





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January 23, 2017

Encarar a DEFICIÊNCIA

Sociólogo em Coimbra, Fernando Fontes, é autor do mais recente retrato sobre a vida das pessoas com deficiência em Portugal, ensaio publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

O seu interesse por esta temática surgiu na escola primária, quando conviveu com um colega com paralisia cerebral. Era um miúdo absolutamente integrado, sem limitações cognitivas. As suas dificuldades eram essencialmente motoras. A certa altura o seu colega foi para uma instituição para crianças e jovens deficientes e, alguns anos mais tarde, por volta dos 18 anos, suicidou-se. Um acontecimento que o marcou porque desde logo se apercebeu da exclusão em que vivem muitas pessoas com deficiência, e do devastador que isso pode ser para as famílias.



A perceção do investigador Fernando Fontes:

O sofrimento das pessoas com deficiência vem mais de fora do que de dentro?

Creio que vem muito de fora, mas as coisas estão interligadas. As pessoas com deficiência continuam a ser alvo de grande discriminação e opressão, quer pelas barreiras físicas, quer pelas barreiras psicológicas relacionadas com o estigma da deficiência e com as conceções dominantes sobre o que é um corpo normal. Esses preconceitos acabam por ser internalizados pelas pessoas com deficiência, o que tem um grande impacto na sua auto-estima (…) Isto para não falar das dificuldades na escola ou no trabalho, onde não existem os apoios especializados necessários à sua inclusão ou os espaços físicos continuam inacessíveis.

Quando anda na rua em que repara?

As barreiras arquitetónicas continuam a ser o lado mais visível desta opressão. Basta alguém andar na rua com um carrinho de bebé para ter noção disso. Os passeios continuam pejados de postes de eletricidade, caixotes de lixo e carros, e os edifícios continuam a ter escadas de acesso (…) As barreiras não limitam apenas a mobilidade, são um fator de opressão daqueles que as enfrentam no seu dia-a-dia.

O que leva ao isolamento?

Em alguns casos, sim (…) 60% das pessoas com dificuldades motoras no país vivem em edifícios com três ou mais pisos, em edifícios sem elevador e sem entrada acessível para cadeira de rodas, percebemos a gravidade da situação (…) Há pessoas com deficiência a viverem enclausuradas nas suas próprias casas.

A ideia de “vida independente” tem estado a ganhar força. O que está em causa?

No final do ano passado começou o primeiro projeto-piloto financiado pela Câmara Municipal de Lisboa, com cinco utentes, e a expectativa é que, até ao final do ano, saia legislação (…) No fundo, a ideia é permitir que as pessoas com deficiência tenham a mesma liberdade de escolha, o mesmo controlo e a mesma liberdade nas suas casas, no trabalho e na sua comunidade que as pessoas sem deficiência.

Um dado que cita no seu livro prende-se com a taxa de emprego: é metade da população em geral. E 79% dos que estão inativos são reformados, embora apenas 6% fossem incapazes para o trabalho. O que explica estes números?

O preconceito. Tem havido iniciativas de promoção do emprego, incentivos aos empregadores para adaptação do posto de trabalho e benefícios fiscais, mas o facto é que o preconceito continua a existir (…) Muitas pessoas com deficiência são imediatamente excluídas nas entrevistas.


Que mensagem gostava de passar com este livro?


Temos de deixar de olhar para a deficiência como uma tragédia pessoal (…) As famílias têm receio quanto ao futuro e a quem cuidará dos seus filhos quando não estiverem cá, mas um aprofundamento da redistribuição social, mais políticas públicas consequentes e menos preconceito permitiriam dar às pessoas uma maior qualidade de vida.





Fonte: Jornal i
Aceda AQUI à entrevista completa


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January 16, 2017

O céu é o LIMITE


Muitas pessoas com deficiência motora não possuem os recursos financeiros necessários que lhes permitam ter uma vida com qualidade. 

Estas pessoas têm projetos de vida, objetivos e ambições que querem alcançar, mas vêem-se limitadas pela falta de meios.

Se é deficiente motor e precisa de apoios para apostar na sua formação, criar o seu próprio negócio ou mesmo fazer obras em casa, não deixe passar a oportunidade que a Ação Qualidade de Vida, promovida pela ASSOCIAÇÃO SALVADOR, lhe proporciona.





Saiba mais em Associação Salvador



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January 12, 2017

eChair


A Ford Europa está a desenvolver um sistema que facilita a mobilidade dos condutores que necessitam de usar uma cadeira de rodas. Trata-se de um sistema em que a cadeira entra e sai sozinha do porta-malas do carro.

Com a eChair, o condutor só tem de acionar um comando no seu iPhone e a cadeira de rodas arruma-se sozinha no porta-malas, usando uma plataforma e tecnologia de automação. Chegando ao seu destino, basta repetir o processo no sentido inverso.

O objetivo é minimizar a dificuldade de colocar a cadeira de rodas manualmente no interior do carro, algo que muitas vezes é complicado ou mesmo impossível para algumas pessoas com deficiência.  

Feita de material leve, a invenção, chamada eChair, foi desenvolvida por Gunther Cuypers, Robin Celis e David Longin, engenheiros do Campo de Provas da Ford em Lommel, na Bélgica.


Segundo Raj Nair, vice-presidente executivo de Desenvolvimento do Produto da Ford, “…vivemos momentos de inovação em todas as partes do nosso negócio…” e …esta é uma época emocionante e os nossos colaboradores estão trazendo tecnologias novas e empolgantes para nossos clientes…”.


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January 9, 2017

Símbolo Internacional de Acessibilidade


O símbolo da cadeira de rodas, conhecido como SÍMBOLO INTERNACIONAL DE ACESSO, foi adotado pela Rehabilitation International em 1969, entidade não-governamental com sede em Nova Iorque, que congrega organizações nacionais e internacionais e possui status de órgão consultivo da ONU.


O primeiro símbolo, criado por Susanne Koefoed, Dinamarquesa, era a preto e branco e não tinha cabeça. Pouco tempo depois foi acrescentada uma cabeça, o que resultou no símbolo adotado pela ONU e que o mundo inteiro hoje reconhece.



Afinal, qual é a finalidade deste símbolo?

Este símbolo, um dos logotipos instantaneamente reconhecido em todo o mundo, indica que serviços, espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos são acessíveis a pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, como são exemplo os deficientes motores, auditivos e visuais e em alguns casos, cidadãos mais idosos e mulheres grávidas, e que por isso devem ser de uso restrito a este grupo de pessoas uma vez que necessitam de condições específicas para aceder ou fazer uso desses espaços e equipamentos.




Um grupo de designers americanos que integram o Accessible Icon Project, quer agora dar um "ar" mais atual ao símbolo internacional de acesso. O novo desenho é baseado no antigo, mas mostra a figura inclinando-se para a frente, ativamente empurrando sua cadeira de rodas. A motivação baseia-se no facto de que o atual desenho "tem pernas e braços que parecem mecânicos, com uma postura ereta de forma não natural e o visual completo torna mais visível a cadeira de rodas, e menos a pessoa"… 


O novo ícone é "uma metáfora de autodeterminação" que retrata um deficiente mais proactivo e mais integrado na sociedade. 



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