Um
homem que ficou tetraplégico mexeu pela primeira vez a mão enquanto pensava em
mexer a mão. Os cientistas usaram um implante, um computador e uma manga de
estímulos elétricos para fazer o bypass entre o cérebro e os músculos.
Todos
os dias fazemos coisas muito simples que para alguém que ficou paralisado são
absolutamente impossíveis. Gestos como pegar num copo, calçar os sapatos,
desabotoar um botão, utilizar um cartão para fazer um pagamento multibanco, são
exemplos de ações que temos como garantidas. Há seis anos, Ian Burkhart, teve um
acidente nas férias que o deixou tetraplégico. Ian tem 24 anos e passou os
últimos muitos meses envolvido num projeto que permitiu que recuperasse alguns
dos gestos mais simples da mão e que faziam parte da sua vida.
“Estamos
a mostrar pela primeira vez que um tetraplégico é capaz de melhorar a sua
função motora e movimentos da mão”, diz Ali Rezai, neurocirurgião da
Universidade Estadual do Ohio, que espera que “um dia” esta tecnologia esteja
apoiada num sistema wireless “que ligue os sinais do cérebro e pensamentos ao
mundo cá fora para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência”.
Para
Burkhart, a participação no projeto foi algo de fantástico. Num dos vídeos, Ian
desabafa: “Valorizo muito a independência que tinha antes do acidente. Se
pudermos ajudar a devolver nem que seja só um bocadinho dessa independência a
alguém já será algo extraordinário.”
Com a
colaboração de Fernanda Delgado