Viver no
nosso país com algum tipo de deficiência NÃO É FÁCIL.
O nosso
país continua a ser pouco inclusivo quando pensamos, por exemplo, em
ACESSIBILIDADE. As barreiras arquitetónicas continuam a contribuir para a
exclusão. Em pleno Sec.XXI, neste Portugal Democrático, o poder político parece
indiferente às dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam
diariamente. Um testemunho flagrante foi constatar que a Assembleia da República,
a casa onde se aprovam as leis, não estava preparada para receber um deputado
com mobilidade reduzida. Temos leis que cheguem. Temos leis com qualidade. Não
temos quem as cumpra nem quem as faça cumprir.
Já foi
pior.
Sabemos
que já foi pior.
O país mudou
muito desde o 25 de Abril de 1974 e mais ainda, em 1986, após a adesão à então
chamada Comunidade Económica Europeia. Contudo, continuamos a testemunhar os
maus exemplos. No ‘final do dia’ estamos todos mais velhos e vamos acabar,
eventualmente, por enfrentar esta provação.
Não é uma
questão de opção politica. Não é uma questão ideológica. É uma questão de
cidadania. Já era tempo de estarmos muito melhor se fossemos mais capazes e,
fundamentalmente, se tivéssemos uma consciência cívica mais desenvolvida.
Temos de colocar, também, um cravo na problemática da ACESSIBILIDADE.
Para o
Minuto Acessível,