October 20, 2013

Aconteceu mesmo, fui deliberadamente atropelado


No último domingo, dia 13 de outubro, fui vítima de um atropelamento premeditado com fuga, no Centro Comercial Cascais Shopping.

Sou deficiente motor, necessito de uma cadeira de rodas para me deslocar, e depois de me ter apercebido que um carro estava parqueado no centro de dois lugares reservados a pessoas com Mobilidade Reduzida (similar a este), ao explicar à condutora que estava a usar um espaço reservado que não lhe era destinado, fui vítima do atropelamento. Tudo aconteceu quando um outro cidadão não conseguiu parquear o seu carro e tirar a sua cadeira de rodas. O acontecimento foi testemunhado por inúmeras pessoas, incluindo os seguranças do Cascais Shopping, e o auto da ocorrência foi levantado pela Guarda Nacional República, Posto de Alcabideche. Pretendiam tratar o caso como se fosse um acidente mas eu não o permiti. No auto estão identificadas todas as testemunhas, a matrícula do carro e a descrição do acontecimento. Infelizmente este tipo de abusos é banal neste Centro Comercial, sem que os responsáveis pelo mesmo e os agentes de Segurança do local atuem de forma a evitar este problema. Este é um espaço privado mas para usufruto público e essa obrigação de reporte é obrigatória.

No último dia 15 de outubro foi dado início ao respetivo procedimento criminal de acordo com os procedimentos adequados para este tipo de situações. O crime, é um Crime Público.
Também, o Cascais Shopping e o Grupo SONAE SIERRA foram atempadamente e formalmente informados sobre a necessidade de manterem reservadas as imagens do circuito interno de vigilância, por constituíram prova para o processo. 


O caso foi publicamente dado a conhecer este fim-de-semana pelo Semanário EXPRESSO porque considerou relevante o seu interesse público.

Como alguém disse, “O interesse público, assim entendido, é não só a soma de uma maioria de interesses coincidentes, pessoais, diretos, atuais ou eventuais, mas também o resultado de um interesse emergente da existência da vida em comunidade, no qual a maioria dos indivíduos reconhece, também, um interesse próprio e direto”, Hector Jorge Escola. 





Creio que todos agradecemos ao EXPRESSO pelo interesse revelado ao denunciar esta situação. 
Lamento que este caso tenha acontecido.
Vou aguardar com tranquilidade.




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