“As
pessoas com paralisia cerebral existem. Não só crianças. Esquecemo-nos que elas
crescem, o que causa grande exaustão e preocupação aos pais, que buscam
soluções de início, onde gastam tudo em tratamentos com e sem evidência científica,
e mais tarde procuram apoio que não encontram na comunidade” referiu a Diretora
do Serviço de Neurologia Pediátrica do Hospital Dona Estefânia, Eulália Calado.
Em
Portugal existem cerca de 20 mil pessoas com paralisia cerebral e todos os anos
surgem 200 novos casos. Os cortes estão a deixar crianças e adultos com
paralisia cerebral sem apoios. As crianças não têm os devidos apoios nas
escolas ou no domicílio, e os adultos têm os pais a envelhecer sem
possibilidades de os tratarem.
“A
paralisia cerebral não é rara, não está em vias de extinção e é altamente
democrática, atinge todas as classes sociais. O que não é democrático é que
mais de 30 anos de democracia não estão a chegar para lhe dar resposta”,
adiantou Eulália Calado.
Se
tiver possibilidades de ajudar contacte a Federação das Associações Portuguesas deParalisia Cerebral