A hora
de ir votar pode ser um tormento para quem se desloca numa cadeira de rodas. Em
Portugal, as secções de voto são instaladas em edifícios públicos, como escolas
e juntas de freguesia. Por lei, os edifícios públicos devem estar preparados,
mas neste país a maioria não está.
As
autoridades fazem crer que estão interessadas em solucionar o problema quando
se está a aproximar o acto eleitoral, mas depois entram num processo de
esquecimento até ao acto eleitoral seguinte. Uma irresponsabilidade que tem que
se denunciada para que os que têm responsabilidades públicas por estas
situações sejam identificados. Votar é um direito
consagrado na constituição.
Hoje,
mais uma vez, só consegui exercer o meu direito de voto com a ajuda de outros cidadãos
que no momento exerciam esse direito. A falta de condições de acessibilidade de
muitas assembleias de voto é um obstáculo, por vezes inultrapassável, para os
cidadãos com deficiência ou com mobilidade condicionada.
Depois
de duas queixas formais, apresentadas nos dois últimos atos eleitorais, a
situação não foi alterada. A presidência da Junta de Freguesia da Parede, concelho
de Cascais, informou-me que, e cito, “se quisesse votar teria que chamar os
Bombeiros Voluntários da Parede e pagar o serviço por eles prestado”.
Local
de voto: Escola primária do Bairro Octaviano, na Parede
Mais uma… para a CNE
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