“Imagine um mundo onde todos soubessem que o lugar que ocupam é o lugar de
todos. Imagine um mundo mais acessível, mais equilibrado, livre de barreiras e
preconceitos. Um mundo onde um é igual a um a dividir por todos. É aí que
queremos chegar, seguindo juntos pelo mesmo caminho”
Contudo, falar de acessibilidades e não ser hipócrita o melhor é ser pragmático e dizer: em Portugal não há. Quando uma criança com cinco anos quer ir ao circo, numa cidade em que o circo não está montado, não vale a pena criar expectativas falsas e dizer-lhe que só há bilhetes para a semana!
O INR é um instituto público, atualmente tutelado pelo Ministério da
Solidariedade e da Segurança Social, com autonomia administrativa e
patrimonial. Situa-se na Av. Conde Valbom, nº63. No entanto, não ´acessível para os cidadãos com mobilidade reduzida, nomeadamente, deficientes motores que se desloquem em cadeiras de rodas. É muito difícil. Assim, não permite o acesso a uma grande
maioria daqueles que pretende ajudar. Está tudo dito. Este é um sinal muito claro sobre o
Estado da Nação. Por isso, não devemos criar expectativas falsas às pessoas. É
importante que se perceba que falar de acessibilidades não é falar,
exclusivamente, para meio milhão de portugueses. Falar de acessibilidades é
falar para TODOS OS PORTUGUESES e dizer-lhes que amanhã podem ter essa
necessidade e, portanto, a casa tem que ter um tecto, senão é capaz de chover
lá dentro. Ninguém percebe isto. Todo o mundo assobia para o lado e acredita
que o problema é dos outros. Há melhorias mas este é um sinal muito negativo.
Alguém tem que o dizer porque a indignação é muitas vezes uma virtude. A verdade
é que todos somos culpados.